Por
que ajuízas com ironia,
Sobre
as obscuridades do irmão
que
sobe dificilmente a montanha?
Quando
atravessava a floresta
O
pobrezinho julgou que o Amado
lhe
falava à mente pela voz do trovão
E
lhe erigiu altares
Enfeitados
de flechas.
Depois,
Quando
penetrou noutros círculos,
Acreditou
que o Senhor pertencia somente ao seu grupo
E
que as outras comunidades humanas eram condenadas...
Lutou,
sofreu, feriu-se em dolorosas experiências.
O
Amado, porém, jamais o deserdou por isso.
Deu-lhe
novas forças,
Concedeu-lhe
oportunidades diferentes.
Por
vezes,
Buscou-o
no fundo dos abismos,
Como
pai carinhoso,
Em
busca da criancinha abandonada.
De
tempos a tempos,
Fê-lo
dormir no regaço,
Ao influxo
do bendito esquecimento,
Para
que o sol do trabalho lhe sorrisse outra vez.
Não
observas em seu caminho áspero a tua própria história?
Não
atormentes com palavras amargas o irmão que se eleva
Laboriosamente,
Dando
ao mundo o que possui de melhor.
Ama-o,
faze-lhe o bem que possas.
Se
já atingiste
Algum
topo de colina,
Contempla
as culminâncias que te aguardam
Entre
as nuvens,
E
estende as mãos fraternas
Àquele
que ainda não pode ver o que já vês.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932